3 de fevereiro de 2009

Tábuas minhas

Cláudia Consciência

Balanço-me num vazio sem fim
Ao som desta música silenciosa
Os meus olhos só vêm negro
As minhas mãos tocam no nada
O meu corpo não acorda
Pela minha alma fui abandonada
Tenho tempo
Muito tempo
Um tempo perdido
Só a mim oferecido
Sei que lugar é este
Sei o que me aconteceu
Sei porque estou aqui
É esta a minha eterna morada
Feita de tábuas
E de mim!

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