4 de fevereiro de 2009

Caminho para o fim

Cláudia Consciência

Não me sinto
Não sei o que me resta
Sovei-me
Com os espinhos afiados dos meus medos
Enterrei-me
Nos buracos mais profundos da minha infelicidade
Feri-me, sangrei
O meu corpo é escravo
A minha alma submissa
De quem nunca encontrei
Cansei-me, desfaleci
Olho-me com as lágrimas que caiem
Não me sinto
Não sei o que me resta
Não vejo princípio
Só fim
É este o meu castigo
É esta a minha penitência
Não há mais caminho para mim!

2 comentários:

  1. Boa noite Cláudia! No meio de tantos blogues, encontrei o seu...tão simples, tão singelo, tão belo! Parece-me que o que escreve vem-lhe muito da alma, de dentro e talvez por isso a sua escrita seja tão emotiva, apaixonante, perturbadora (como este poema "Caminho para o fim"). Vou continuar a segui-la. Só lhe peço que continue a escrever. Cumprimentos Álvaro Dunas

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  2. Olá Alvaro. Obrigada pelas palavras, pelo incentivo. Volte sempre!

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