Mario Benedetti
No te quedes inmóvil
al borde del camino
no congeles el júbilo
no quieras con desgana
no te salves ahora
ni nunca
no te salves
no te llenes de calma
no reserves del mundo
sólo un rincón tranquilo
no dejes caer los párpados
pesados como juicios
no te quedes sin labios
no te duermas sin sueño
no te pienses sin sangre
no te juzgues sin tiempo
pero si
pese a todo
no puedes evitarlo
y congelas el júbilo
y quieres con desgana
y te salvas ahora
y te llenas de calma
y reservas del mundo
sólo un rincón tranquilo
y dejas caer los párpados
pesados como juicios
y te secas sin labios
y te duermes sin sueño
y te piensas sin sangre
y te juzgas sin tiempo
y te quedas inmóvil
al borde del camino
y te salvas
entonces
no te quedes conmigo.
18 de fevereiro de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Estimada Cláudia, tendo descoberto este teu espaço, venho só deixar-te as minhas felicitações pelo que aqui vais deixando: pelo bom gosto do que escolhes e pelo interesse do que escreves.
ResponderEliminarE, com cordial amizade, deixo-te com um pedecinho do Auto da Lusitânia:
"Maio- [...] Mui muito m'espanto eu
De mundo tão albardeiro,
Que, por eu ser prazenteiro,
Me têm todos por sandeu,
E por sisudo Janeiro.
Pois hei-de tomar prazer,
E não hei-de ser como este;
Que o prazer cresce o viver;
E quem isto não fizer
Não terá vida que preste.
«Este é Maio, o Maio é este,
Este é Maio e floresce.»"
(Gil Vicente, Auto da Lusitânia)
Aqui fica o desejo de boas derivas para este teu blog a-preto-e-branco ;)
Estimado Pedro, este espaço não é unicamente meu; é teu e de quem aqui quiser "derivar"!É a preto e branco porque ainda ando á procura do cinzento...
ResponderEliminarAgradeço o teu muito cordial comentário e o pedacinho do tão grande Gil Vicente!
Sabes que és sempre bem vindo...e como não há censura, comenta à vontade ;) Um beijo da estimada amiga e colega CC